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outubro 26, 2017

Conheça a nova proposta para a rotulagem dos alimentos

  • Por Cintia Lima

A informação presente nos rótulos dos alimentos e bebidas é considerada, pela ANVISA, como uma estratégia fundamental para auxiliar o consumidor em suas escolhas alimentares e, consequentemente, promover uma alimentação saudável e combater doenças como a obesidade, diabetes, hipertensão, entre outras.

No entanto, os rótulos que encontramos nos alimentos atualmente são de difícil compreensão, devido ao seu formato pouco atrativo e por exigir do consumidor esforço para a leitura, conhecimento nutricional e tempo para o seu entendimento.

Em virtude disso, para tornar as informações nutricionais atrativas e mais compreensíveis, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) enviou à ANVISA, em agosto desde ano, uma proposta de atualização e aprimoramento do atual modelo de rotulagem nutricional. O modelo apresentado, segundo o IDEC, busca oferecer informações claras e simples sobre alimentos e bebidas para que o consumidor busque por opções mais saudáveis.

No modelo apresentado pelo IDEC, os alimentos processados e ultraprocessados (como sopas instantâneas, refrigerantes, biscoitos etc.) deverão conter na parte da frente da embalagem um selo de advertência que indicará quando há excesso dos nutrientes considerados críticos: açúcar, sódio, gorduras totais e saturadas, além da presença de adoçante e gordura trans em qualquer quantidade.

 

Confira o modelo do selo proposto pelo IDEC e sua aplicação nos alimentos:

 

 


Além disso, todos os alimentos que receberem o selo estarão proibidos de exibir qualquer tipo de comunicação mercadológica direcionada à crianças, como personagens, desenhos ou brindes, e não poderão exibir mensagens promocionais, tais como: “rico em fibras”, “0% gordura trans” e “sem colesterol” que possam induzir o consumidor a uma imagem saudável do produto.

O IDEC ainda propôs que a embalagem dos ingredientes culinários, como sal, açúcar e óleos, apresentassem frases de advertência em relação ao uso moderado para assegurar uma alimentação equilibrada nutricionalmente (veja o modelo abaixo). A tabela nutricional e a lista de ingredientes teriam como norma, um tamanho mínimo de letra, tipografia específica, um fundo branco que garanta o contraste ideal para a leitura e espaçamento adequado entre os itens.


Ainda na tabela nutricional, as informações nutricionais deverão ser apresentadas por 100g ou por embalagem (conteúdo completo), facilitando a comparação da quantidade de calorias e de nutrientes entre dois produtos diferentes. Na lista de ingredientes, passará a ser obrigatória a declaração do número total de ingredientes para que o consumidor verifique o grau de processamento de um produto (quanto mais processado, maior o número de ingredientes e com nomes pouco familiares). Veja como seria:


Além do modelo apresentado pelo IDEC, a ANVISA estuda o uso de semáforo com cores, que sinalizam se algum ingrediente está em excesso que pode fazer mal, como é utilizado no Equador.

Ainda em novembro, a ANVISA realizará um Painel Técnico, aberto ao público, para debater as propostas e estudos científicos relacionados à rotulagem nutricional. Para maiores informações clique aqui.

 

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